Este tipo de alteração nas mamas incomoda muitas mulheres, mas não é considerada uma doença. Saiba mais
Simone Tinti
Displasia mamária: esse termo, dado a alterações nos seios como dores e inchaços, pode até assustar as mulheres, mas não deveria. "Muita gente associa esses sintomas a um pré-câncer, mas não há relação alguma com a doença. A displasia não é considerada uma patologia, mas sim, um desenvolvimento exagerado das mamas que ocorre em mulheres com pré-disposição genética", diz o mastologista Luiz Henrique Gebrim, da Unifesp.
Como explica o mastologista Felipe Andrade, do Núcleo de Mastologia do Hospital Sírio-Libanês, a displasia é bastante comum durante o período pré-menstrual. "Cerca de 10 dias antes de menstruar, a mulher pode sentir dor e perceber alguns pequenos caroços e inchaço na mama. "Geralmente, esses sintomas desaparecem após o fim da menstruação", diz o médico. E quando o inchaço incomoda muito? "Neste caso, o médico pode receitar antiinflamatórios, analgésicos ou medicamentos à base de ácido gamalinolênico para aliviar as dores", diz.
Se depois do fim do período menstrual a mulher ainda sentir algum caroço ou secreção espontânea nos seios, a indicação é procurar um ginecologista ou mastologista, que indicará os exames necessários. "A mamografia deve ser feita a partir dos 35 anos. Mas se a mulher tem histórico de câncer, esse exame deve ser realizado ainda antes", afirma Andrade. ,
Auto-exame |
A hora do banho é ideal para realizar o auto-exame das mamas. "Com o sabão, as mãos deslizam mais facilmente pelas mamas; assim, a mulher pode perceber se está com algum caroço", explica Andrade. Os toques devem percorrer todo a mama de maneira circular. Antes de entrar no banho, porém, é preciso observar pelo espelho se os seios estão simétricos, se apresentam mudanças de cores ou se ocorreu algum tipo de retração |
Câncer de mama |
De acordo com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCa), o câncer de mama pode atingir mais de 49 mil mulheres este ano no Brasil. Em junho, uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha para a Federação Brasileira das Entidades Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) avaliou o conhecimento das mulheres sobre essa doença e constatou que ainda há muita falta de informação. Apesar de reconhecer que a avaliação precoce aumenta a possibilidade de cura, muitas mulheres desconhecem a mamografia como a melhor forma de diagnóstico. |
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